segunda-feira, 23 de agosto de 2010

TV Digital e Interatividade – Desafio para o T-learning no Brasil

A evolução tecnológica da TV, referente à qualidade das imagens, capacidade de transmissão de programas em tempo real, variedade de programas de entretenimento, programas educativos na TV e, mais recentemente, a possibilidade de interatividade entre o telespectador e os programas, vem potencializando o seu uso no processo de ensino-aprendizagem.

No cenário brasileiro, 96,3 % da população tem TV em casa, enquanto 35,4% da população têm computador e 27,5 % tem Internet, conforme informações do IBGE - 2009 . Essas estatísticas reforçam as pesquisas e investimentos no sentido do uso da TV para o aprendizado, por ser uma mídia amplamente utilizada.

O processo de ensino aprendizagem através da TV Digital Interativa é conhecido como t-learning. O termo “t-learning” é derivado do e-learning (aprendizado eletrônico), assim como os termos t-commerce, t-government, t-health, t-banking. No t-learning são vislumbrados aplicativos tais como: testes de conhecimentos a respeito do conteúdo já apresentado, chats entre alunos e professores, avaliações, pesquisas de opinião, resumos das aulas apresentadas, entre outros.

A evolução da TV não se restringe somente a características técnicas, mas principalmente a um novo formato de interatividade, entre TV e usuário. Permite que a comunicação passe a ser bidirecional, entre usuário e emissora, possibilitando uma requisição e retorno da informação. O retorno dado pelo usuário à emissora é feito por meio do canal de retorno.

No Brasil, a indefinição do padrão de canal de retorno para a TV aberta, representa uma limitação, não somente para o t-learning, mas para qualquer aplicação desenvolvida para TV Digital. Conforme Nelson Fujimoto (Coordenador da Secretaria-Executiva do Comitê Gestor de Inclusão Digital) a definição do canal de retorno da TV Digital não deverá ocorrer antes de 2016. Parte da palestra do professor Nelson Fujimoto, no III Congresso Internacional de Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi 2010), pode ser vista aqui.

Neste contexto uma questão importante a ser tratada é a respeito dos níveis de interatividade possíveis na TDVi. Embora existam algumas classificações diferentes quanto aos níveis de interatividade, de um modo geral, é definido como: (1) interatividade local, neste caso o usuário interage com os aplicativos disponíveis no Set-top-box (STB); (2) Interatividade parcial, neste caso o canal de retorno não está disponível em tempo integral, e sim por demanda, e (3) Interatividade plena, o canal de retorno está sempre disponível, por meio, de tecnologias como ADSL,Wimax e via cabo da televisão.

No t-learning é esperado o nível de interatividade plena. Diante dessa necessidade, como a área da educação pode intervir para auxiliar a resolver este problema, considerando que esta indefinição afeta diretamente o t-learning? Conforme descrito por Peter J. Bates, em 2003, no trabalho “A study into TV-based interactive learning to the home”, infelizmente, a área de educação tem pouco controle sobre como as possíveis soluções tecnológicas serão conduzidas e como o mercado de TV Digital Interativa irá reagir.

Embora o Decreto nº 4.901, de 26 de novembro de 2003 que instituiu o Sistema Brasileiro de TV Digital prescreva dentre os seus objetivos, “propiciar a criação de rede universal de educação à distância”, isso é limitado em função da cobertura atual da TV Digital no Brasil, conforme descrito por Larissa Guimarães, na Folha.com, em 05/08/2010, somente 38 cidades brasileiras recebem o sinal digital. Outra fato, é que mesmo a TV presente na maioria dos lares brasileiros, esse percentual não representa o uso de TV Digital, e tão pouco a possibilidade de uso de aplicativos com recursos de interatividade plena.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Potenciais e desafios para T-learning

Esse é o tema do meu trabalho para a Disciplina "Tecnologias para Educação Virtual Interativa". Em breve irei descrever sobre esse assunto aqui no Blog..

domingo, 27 de junho de 2010

Encontro Disciplina PCS 5757

Próximo encontro da disciplina "Tecnologias para Educação Virtual Interativa"
Dias: 01,02 e 03 de julho/2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

Relato de aulas

Atualmente cursando a disciplina "Tecnologias para Educação Virtual Interativa" professor Romero Tori com participação da professora Itana Stiubiener

O primeiro contato entre alunos e professor da disciplina foi realizada no Second Life no dia 15 de maio 2010. Nesse encontro estavam presentes alunos de três turmas do Professor Romero: uma turma de Pós-graduação em design Instrucional do SENAC de SP, e duas turmas de Pós-graduação em engenharia elétrica da Escola Politécnica da USP, uma turma de São Paulo e outra do Dinter (doutorado interinstitucional) oferecido na UFMT. Alguns momentos do encontro podem ser vistos no clip disponibilizado pelo professor Romero.

Na disciplina foram realizadas interessantes discussões a respeito de distância (temporal, espaço, social, transacional), presença (real, virtual, social), interação, interatividade. Qual a diferença entre interação e interatividade? Toda essa discussão foi muito relevante e a turma se envolveu no assunto, e a princípio algumas divergências de conceitos e interpretações.

Discussões sobre a educação a distância, esse termo é bastante contestado... O que é educação a distância? Qual conotação? Professor longe de aluno? Aluno longe de aluno? Conteúdo longe professor?

Uma atividade trabalhada em sala de aula discutiu a respeito dos artigos:
• Learning with Media - Kozma, R.B. (1991)
• Reconsidering Research on Learning from Media - Richard E. Clark (1983).
A turma foi dividida em dois grupos, sendo que cada grupo formulou perguntas a respeito do uso de cada tipo de mídia na educação (assuntos abordados pelos artigos.). E por fim o debata, onde cada grupo representou um autor.

O grupo, representante do Clark, se resguardou nos seguintes argumentos do autor:
• A mídia é o veículo que entrega a instrução para o aprendiz, portanto não influencia no aprendizado.
• A escolha do uso de uma mídia pode influenciar no Custo e Medida de distribuição do conteúdo, mas somente o conteúdo pode influenciar e construir o conhecimento.

O segundo grupo, representante do Kozma, contra-argumentou:
• Se o meio não for adequado para a entrega, como vai entregar o conhecimento.

Os dois grupos chegaram a conclusão que a proposta do Clark, não trata da capacidade de processamento.

No segundo encontro (10, 11 e 12 de junho/2010) da disciplina - professora Itana, que também nos presenteou com vários assuntos interessantes. Para mim, novos termos LMS e CMS, e novas ferramentas Tidia-ae e Col. Boas discussões sobre sistemas adaptativos.

Fantástica a experiência do professor Miguel Nicolelis, conforme pode ser visto video.